A história que vou contar adiante parece ficção, mas não é.
Aconteceu no ano de 1986 a 1989.
Era noite, mais ou menos umas 19:00 hs, quando deparei com um rapaz, um novo morador no prédio que eu morava. Era uma Cohab, onde todos os prédios tinham nome de paÃses. O meu prédio chamava-se Estados Unidos A, porque cada dois prédios levava um mesmo nome, porém o segundo era chamado de Estados Unidos B. A rua onde ficava esta fila de pares prédios, levava o nome de um renomado escritor, Castro Alves n. 196 no bairro Guanabara. Então, voltando ao rapaz, parecia que ele terminava de cumprir o seu perÃodo no exército, pois, após este dia que o conheci nunca mais vi ele vestido com a farda. Ele era branco e tinha olhos verdes, aparentava ser um bom moço pela sua forma de falar e agir.
No inÃcio, não falava muito, mas com o tempo se mostrou um grande contador de estórias.
Pudi entender que veio pra ficar, que veio de vez para morar com a Sra kail , sua mãe, que vivia até então, sozinha no terceiro andar.
Naquele dia, eu conversei pouco com ele, nos apresentamos, mas nos dias seguintes, passei a conversar por muito mais tempo. Eu fui o meio que levou a conhecer outras pessoas do Jardim Guanabara. O resto, ele mesmo encarregou-se de fazer sozinho, de se enturmar, muito mais do que eu ou qualquer outra pessoa. Carismático do jeito que era, podia ganhar o carinho dos meninos e meninas que moravam ali facilmente.
No bairro que morávamos, o Jardim Guanabara, havia um clube chamado Lazer campestre onde sempre ocorria shows com artistas famosos: Roberto Carlos, o saudoso Tim maia, Cazuza, RPM, Gal Costa, Fabio Junior, entre outros. E como o ser humano é um ser social, Lallevi marcava a sua presença neste clube com frequência nos eventos que acontecia. A medida que surgia, passou também a ser notificado que lallevi entrava numa briga, em outra, noutra e assim por diante. A tal ponto que sua fama foi crescendo em nÃvel de bairro , interbairro e municipal.
.
Aquele rapaz que parecia ser tão manso. E de fato assim era, mas talvez a bebida, a noite por si só, isto é, o mistério que envolve nas caladas da noite e na esfera das baladas, agia negativamente nele. Foi muito rápido, um relâmpago, a mudança de circunstância de sua vida naquele bairro. Agora tinha repercussão muita grande numa cidade. E a notÃcia que começou a trafegar no Jardim Guanabara nos dias seguintes, depois dos términos dos eventos que eram realizados: “ Lallevi quase morreu!”. “No evento do baile do HavaÃ, beltrano apertou o gatilho, no instante que Lallevi abriu a sua camisa e disse : “Se você é homem atire!” E nada acontece, porque a arma 765 falhou”. Outra notÃcia que ora vez circulava também era a de que Lallevi derrubou três com seus golpes de rabo de arraia e voadoras. E isto sempre com doses e doses de vinho na cabeça, misturado com cervejas. Aliás, foi através dele que ouvi, pela primeira vez a palavra Engove, dizendo que antes de beber vinho sempre tomava este comprimido para não ter ressaca.
Mas o interessante de tudo isto foi que Lallevi com toda esta fama de mal ficou marcado em minha memória como um grande amigo pelos seguintes motivos:
Um deles é porque morava no mesmo prédio que eu e por este motivo sempre o encontrava.
Outro motivo foi porque no dia da minha primeira comunhão na igreja católica, minha mãe havia pegou dois ônibus para chegar no bairro onde morava, a fim de aconselhar-me a não fazer a primeira comunhão, explicando-me princÃpios bÃblicos que eu, até então, não entendia. A questão é que minha mãe, não concordava com alguns pontos doutrinante pela instituição, por isso, me pedia para ser um evangélico. Pois bem, minha mãe, não obteve êxito comigo e havia ido embora para Vila Astúria triste por causa de minha descisão, um bairro distante do meu e assim destinei-me para a igreja para cumprir com aquele meu compromisso. Escrevendo aqui, me dá uma tristeza, saber que chateei minha mãe, ainda mais, sabendo que neste momento, escrevendo este texto, que ela não vive entre nós os seres humanos. Somente no meu coração, vive a memória de minha mãe amada. Saudades mamãe!!!!! Te amo muito ainda hoje e sempre, até o fim de minha vida. Desculpa, caro leitor, mas só por imaginar, o trajeto de volta de minha mãe, me deu um aperto no coração. Respiro fundo neste momento, redobro o ânimo, para terminar este texto.
Foi exatamente um pouco depois do regresso de minha mãe para casa, no meio de minha primeira comunhão que aconteceu a tragédia, Lallevi entrou pelo acesso que levava ao teto do prédio e com cobertor tentou descer até o seu andar para entrar pela varanda do seu apartamento para pegar não sei o quê, no entanto, não sei se na descida ou na subida o cobertor arrebentou e lá foi Lallevi para o chão. Do terceiro andar, sofreu uma violenta queda. Mas que por sua sorte, um milagre desceu do céu para ele naquele instante de seu impacto com o chão. Meu pai que trabalhava como motorista de ambulância do hospital Santa Lucinda um dos maiores hospital de Sorocaba acabava de chegar na rua de nosso prédio e não teve tempo de descansar nem por um minuto, teve que retornar, colocando o Lallevi sobre a maca e dentro da ambulância para transporta-lo para o hospital pra ser socorrido. Este foi um dos motivos que lhe aproximou de mim. Tenho certeza que isto foi um motivo muito forte para ele ter tanto carinho por mim e pela minha famÃlia.
Comenta-se que ele pergunta de mim, até os dias de hoje.
Ele tinha uma espécie de gratidão pelo meu pai que conseqüentemente fazia eu ser beneficiado por isto. Agora, contudo, ele era um moço legal.
Outro motivo foi ...não sei com que cargas d´Ã¡gua tentou se matar e cortou a veia aorta e mais uma vez meu pai estava lá para socorrê-lo.. Pode alguém duvidar deste acidente causado, mas é pura verdade, Acredite! É fidedigno o assunto, a notÃcia correu desta forma: numa madrugada, sua mãe a Sr kail bateu na porta do apartamento do meu pai desesperada e não sei como meu pai ajudou-lhe e pôde ser socorrido e milagrosamente, não morreu. Nesta hora eu estava dormindo e não vi nada. Fiquei sabendo tudo no dia seguinte. E outro motivo foi que devido o montante de brigas e encrencas envolvidas ficou envolvido com a polÃcia e ai pude conhecer mais uma palavra através de seus próprios lábios que era a tal da surci. PerÃodo de dois anos dado por um delegado para um detento não ausentar de sua casa, não viajar, ter qualquer privilégio de cidadão de ir e vir para onde quiser do território nacional. Neste perÃodo, o detento fica sob vigilância de seus atos pelas autoridades. Então, este momentos foram os momentos mais legais da minha vida de adolescente pela companhia que me propusera, dois anos no prédio Copacabana A.
Porque tÃnhamos que ficar no prédio. Eu porque meu pai não deixava sair mesmo
e o Lallevi por obrigação ou dever da justiça.
Aconteceu no ano de 1986 a 1989.
Era noite, mais ou menos umas 19:00 hs, quando deparei com um rapaz, um novo morador no prédio que eu morava. Era uma Cohab, onde todos os prédios tinham nome de paÃses. O meu prédio chamava-se Estados Unidos A, porque cada dois prédios levava um mesmo nome, porém o segundo era chamado de Estados Unidos B. A rua onde ficava esta fila de pares prédios, levava o nome de um renomado escritor, Castro Alves n. 196 no bairro Guanabara. Então, voltando ao rapaz, parecia que ele terminava de cumprir o seu perÃodo no exército, pois, após este dia que o conheci nunca mais vi ele vestido com a farda. Ele era branco e tinha olhos verdes, aparentava ser um bom moço pela sua forma de falar e agir.
No inÃcio, não falava muito, mas com o tempo se mostrou um grande contador de estórias.
Pudi entender que veio pra ficar, que veio de vez para morar com a Sra kail , sua mãe, que vivia até então, sozinha no terceiro andar.
Naquele dia, eu conversei pouco com ele, nos apresentamos, mas nos dias seguintes, passei a conversar por muito mais tempo. Eu fui o meio que levou a conhecer outras pessoas do Jardim Guanabara. O resto, ele mesmo encarregou-se de fazer sozinho, de se enturmar, muito mais do que eu ou qualquer outra pessoa. Carismático do jeito que era, podia ganhar o carinho dos meninos e meninas que moravam ali facilmente.
No bairro que morávamos, o Jardim Guanabara, havia um clube chamado Lazer campestre onde sempre ocorria shows com artistas famosos: Roberto Carlos, o saudoso Tim maia, Cazuza, RPM, Gal Costa, Fabio Junior, entre outros. E como o ser humano é um ser social, Lallevi marcava a sua presença neste clube com frequência nos eventos que acontecia. A medida que surgia, passou também a ser notificado que lallevi entrava numa briga, em outra, noutra e assim por diante. A tal ponto que sua fama foi crescendo em nÃvel de bairro , interbairro e municipal.
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Aquele rapaz que parecia ser tão manso. E de fato assim era, mas talvez a bebida, a noite por si só, isto é, o mistério que envolve nas caladas da noite e na esfera das baladas, agia negativamente nele. Foi muito rápido, um relâmpago, a mudança de circunstância de sua vida naquele bairro. Agora tinha repercussão muita grande numa cidade. E a notÃcia que começou a trafegar no Jardim Guanabara nos dias seguintes, depois dos términos dos eventos que eram realizados: “ Lallevi quase morreu!”. “No evento do baile do HavaÃ, beltrano apertou o gatilho, no instante que Lallevi abriu a sua camisa e disse : “Se você é homem atire!” E nada acontece, porque a arma 765 falhou”. Outra notÃcia que ora vez circulava também era a de que Lallevi derrubou três com seus golpes de rabo de arraia e voadoras. E isto sempre com doses e doses de vinho na cabeça, misturado com cervejas. Aliás, foi através dele que ouvi, pela primeira vez a palavra Engove, dizendo que antes de beber vinho sempre tomava este comprimido para não ter ressaca.
Mas o interessante de tudo isto foi que Lallevi com toda esta fama de mal ficou marcado em minha memória como um grande amigo pelos seguintes motivos:
Um deles é porque morava no mesmo prédio que eu e por este motivo sempre o encontrava.
Outro motivo foi porque no dia da minha primeira comunhão na igreja católica, minha mãe havia pegou dois ônibus para chegar no bairro onde morava, a fim de aconselhar-me a não fazer a primeira comunhão, explicando-me princÃpios bÃblicos que eu, até então, não entendia. A questão é que minha mãe, não concordava com alguns pontos doutrinante pela instituição, por isso, me pedia para ser um evangélico. Pois bem, minha mãe, não obteve êxito comigo e havia ido embora para Vila Astúria triste por causa de minha descisão, um bairro distante do meu e assim destinei-me para a igreja para cumprir com aquele meu compromisso. Escrevendo aqui, me dá uma tristeza, saber que chateei minha mãe, ainda mais, sabendo que neste momento, escrevendo este texto, que ela não vive entre nós os seres humanos. Somente no meu coração, vive a memória de minha mãe amada. Saudades mamãe!!!!! Te amo muito ainda hoje e sempre, até o fim de minha vida. Desculpa, caro leitor, mas só por imaginar, o trajeto de volta de minha mãe, me deu um aperto no coração. Respiro fundo neste momento, redobro o ânimo, para terminar este texto.
Foi exatamente um pouco depois do regresso de minha mãe para casa, no meio de minha primeira comunhão que aconteceu a tragédia, Lallevi entrou pelo acesso que levava ao teto do prédio e com cobertor tentou descer até o seu andar para entrar pela varanda do seu apartamento para pegar não sei o quê, no entanto, não sei se na descida ou na subida o cobertor arrebentou e lá foi Lallevi para o chão. Do terceiro andar, sofreu uma violenta queda. Mas que por sua sorte, um milagre desceu do céu para ele naquele instante de seu impacto com o chão. Meu pai que trabalhava como motorista de ambulância do hospital Santa Lucinda um dos maiores hospital de Sorocaba acabava de chegar na rua de nosso prédio e não teve tempo de descansar nem por um minuto, teve que retornar, colocando o Lallevi sobre a maca e dentro da ambulância para transporta-lo para o hospital pra ser socorrido. Este foi um dos motivos que lhe aproximou de mim. Tenho certeza que isto foi um motivo muito forte para ele ter tanto carinho por mim e pela minha famÃlia.
Comenta-se que ele pergunta de mim, até os dias de hoje.
Ele tinha uma espécie de gratidão pelo meu pai que conseqüentemente fazia eu ser beneficiado por isto. Agora, contudo, ele era um moço legal.
Outro motivo foi ...não sei com que cargas d´Ã¡gua tentou se matar e cortou a veia aorta e mais uma vez meu pai estava lá para socorrê-lo.. Pode alguém duvidar deste acidente causado, mas é pura verdade, Acredite! É fidedigno o assunto, a notÃcia correu desta forma: numa madrugada, sua mãe a Sr kail bateu na porta do apartamento do meu pai desesperada e não sei como meu pai ajudou-lhe e pôde ser socorrido e milagrosamente, não morreu. Nesta hora eu estava dormindo e não vi nada. Fiquei sabendo tudo no dia seguinte. E outro motivo foi que devido o montante de brigas e encrencas envolvidas ficou envolvido com a polÃcia e ai pude conhecer mais uma palavra através de seus próprios lábios que era a tal da surci. PerÃodo de dois anos dado por um delegado para um detento não ausentar de sua casa, não viajar, ter qualquer privilégio de cidadão de ir e vir para onde quiser do território nacional. Neste perÃodo, o detento fica sob vigilância de seus atos pelas autoridades. Então, este momentos foram os momentos mais legais da minha vida de adolescente pela companhia que me propusera, dois anos no prédio Copacabana A.
Porque tÃnhamos que ficar no prédio. Eu porque meu pai não deixava sair mesmo
e o Lallevi por obrigação ou dever da justiça.