Estou cansado, mas todas as vezes que penso em cansaço, lembro do meu pai que está com quase 70 anos e repenso no meu enfado e peço a Deus para que revigore suas forças como a do menino Neymar, jogador profissional do Santos futebol clube que já fez fortuna por causa de sua vitalidade e habilidade com a bola.
Mas mesmo assim, é difícil esconder a sensação que gera, reage dentro de mim, eu sinto um mal estar tão grande, por ver coisas e não poder fazer nada. A vontade que dá é de ser um Rambo e por outro lado, de ser um Ghandi. É fogo viu! A injustiça ronda a nossa volta. E quem poderá nos socorrer? É impotência! Paira o silêncio no ar, falar o que? Diante de tantas situações que não sabemos como lidar. Eu queria nomear este texto de “Injustiça”, só que ai pensei comigo, melhor não, bom é nomear de “Julgue você mesmo”. Isto porque, nomear apenas de injustiça, me soou como versão única e neste caso, não quero influênciar ninguém para um lado apenas, achei melhor, deixar você julgar, vendo os dois lados da moeda. Quer dizer, fique a vontade para abraçar o lado que quiser.
Fazia algum tempo que não escrevia alguma coisa, só que, quando escrevo é por causa de motivos que me contrapõe e são notórios, foi isto, o que aconteceu. Este foi o motivo de eu escrever a situação que ocorreu.
Por causa de uma prestação de serviço bem feita, isto é, bem executada, foi indicado para um outro serviço a habilidade de João numa determinada área profissional, numa loja onde se dirigiu conquistar outro trabalho. – Eu vim pela indicação de beltrano. – Ah sim! Proposta aqui, contraproposta ali, fechou contrato com mais este trabalho. Geralmente é assim que acontece. Uma pessoa indica o serviço de outra e ai dá tudo certo. Foi assim que Ele realizou o serviço e conquistou uma nova amizade com Ricardo, contratante do trabalho de João. Moral da história, Ele sempre passava no serviço de Ricardo para dar um alô, ou para saírem juntos nos momentos combinados e vagos de ambos, ou para descontração. Um belo dia, apareceu um amigo de Ricardo no mesmo instante que João o visitava e deu no que deu. Verdade mesmo, do nada, mas do nada mesmo, o rapaz começou a desdenhar de João. E ele se sentiu ofendido. No entanto, aguentou calado o desaforo e se chateou com ambos. Foi para casa decepcionado por causa do desdém do rapaz e ausência de defesa que encontrou no amigo Ricardo. Que num outro instante, tentou obter suas desculpas para reparar o problema com o João, mas ele não aceitou e o seu argumento não funcionou para cima dele. E disse: “Um amigo não desdenha de outro amigo. Fica na sua consciência esta frase.” E daquele dia em diante, não falou mais com Ricardo. Só que, estava atravessado na garganta o desaforo que pensava como revidar o transtorno. Até que surgiu a chance, o rapaz passa em sua frente e ele não perde a chance. - Uéh, rapaz! Disse João. Achava que você era o tal, mas vive de empregado do Ricardo? Bastou isto para o grande alvoroço, se sentiu muito ofendido que inventou uma história que nunca existiu, chamou a polícia para o João e junto com as autoridades, disse que apanhou na cara, ao sair da lanchonete numa tarde chuvosa de muito calor. Pensa! È normal um cara desse? Parece a música do Tim Maia, “Vale tudo”, para tentar ferrar a vida do outro.
Na delegacia, presta João dá depoimento, torna-se acusado por uma coisa que não fez. Mas na hora do escrivão escrever a acusação, relata a João que havia uma outra acusação além desta que estava arquivado, há muito tempo atrás, de uma mulher que tivera um relacionamento, houve desentendimento no final do romance e acabou em polícia também, e acabou em violação da casa dela. Assim pelo menos estava escrito lá no departamento de polícia, feito por ela. Filha de uma p pensou João. Muito mais chateado ficou por ver que as pessoas são volúveis quando desejam e nobres quando querem. É como se eles começassem uma brincadeira e depois não suportasse manter. Pois de fato quem começou foi o rapaz e não o João. Quando ouve umas verdades ai se sente dolorido? Vai a pqtp. Quem iria acreditar? Indefeso, sem um advogado para lhe auxiliar, teve de acatar as ordens do guarda que o coagiu seguir para a delegacia. Era a palavra de João contra a do rapaz. Testemunhas não haviam no momento que foi levado de sua casa para a delegacia. O guarda disse: - O rapaz disse que levou um tapa no rosto. E João respondeu: - Mas onde está a marca de roxo? Este rapaz toma remédio controlado. O cara não é certo.
A vontade de João era mesmo ferrar com tudo, só que uma consciência falava mais alto, “você tem uma preciosidade a perder. Alô! Lembra, sua esposa”? “É verdade!” Caso contrário, a prisão que fosse o seu lar. Que se dane o mundo! Não é bem assim, quando se tem um valor nas mãos, a família, a sua companheira que tanto presa e respeita. Não se deseja machuca-la, ferí-la, decepcioná-la. Sentimos vergonha ao expormos a pessoa amada ao ridículo.
Se imagina um monte de coisas, se cria um monte de possibilidades. E todas as ideias são frágeis diante do valor mais supra-sumo.
Quanto a notícia que teve do caso passado e não atual é que a mulher com quem se relacionara, recebeu um cargo de nome na cidade e não durou muito tempo, parecia tudo bem, senão fosse a a barbaridade que cometeu. Causou vergonha na cidade inteira. Aqui se faz, aqui se paga.
O João ficou em silêncio na delegacia pensando no seguinte: Estaria pagando por um tapa que deu anteriormente em algum fato passado?
Talvez sim, talvez não.
Como diz a forma popular de se expressar, não virou nada a acusação do rapaz.JorgeKaalebe