A MATA , O ELEVADOR E O LIVRAMENTO





A cidade de Sorocaba cresceu demais. A última vez que passei por lá, quase não reconheci a entrada do bairro que eu cruzei a minha infância inteira.
É brincadeira?
Fica numa altura da Avenida General Carneiro.
O trajeto do ônibus que eu seguia e que acredito continua sendo o mesmo, era da praça 9 de Julho, depois subia até a Sabesp, ai ia até a Brahma e ao longe deste ponto, eu já podia ver os predinhos do bairro Jardim Guadalajara, o qual para um deles era onde eu me destinava,  para um daqueles apartamentos. Assim,  em duzentos,  trezentos metros, chegava o ônibus  a entrada do bairro. Este trajeto eu fiz desde os meus 6 anos de idade e uns 6 anos sozinho, sem pai ou algum responsável para cuidar de mim, desde que passei a me entender por gente. Na minha adolescência, que era este momento de liberdade e de independência entre aspas né, isto é, de poder ir e vir sem ter que andar com um responsável a minha volta, pois  eu jogava futebol no E.C.São Bento e ficava os treinos em dois pontos distintos da cidade e eu necessitava pegar ônibus para cruzar o centro e chegar ao meu destino.
Ou até mesmo antes um pouco desta fase de atleta  como  guarda-mirim, trabalhando no Supermercado Jumbo Eletro na época. Tinha que ter indas e vindas, pois este era o meu caminho.
Estou relembrando esta etapa, para mencionar que seguindo nesta mesma direção sem virar a esquerda e a direita e  sem entrar no bairro onde morava, mas passando reto. Tínhamos que passar enfrente da empresa Alpargatas onde minha irmã mais velha Eliana trabalhava,  uma empresa de calçados para chegar, no local de eventos de motocross onde a maioria das pessoas íam para entretenimento esportivo.
Naquela época, os nomes fortes nacionalmente eram o de Moranguinho, Paulista, Paraguaio e outros que não me recordo no momento. Exatamente neste local, lembro-me do evento do  Gugu Liberato que fez o show do Viva a noite ali e de  eu estar com a minha galerinha no show, como no Demolition car que era outro esporte radical que acontecia ali também , e era assim,  o carro que conseguisse resistir as batidas, vencia. Então, pensa na população curtindo o evento.
 Mas, toda esta introdução é para comentar um acontecimento  num destes eventos o que houve conosco. Juntamos uma galera para ir nesta diversão, só que todo mundo estava sem dinheiro, então, a ideia era tentar atravessar as cercas e tentar entrar sem pagar. Porque perder o evento, jamais. Traria frustração tremenda a nós que amávamos este tipo de acontecimento.  Pensa!!! Se você for um leitor teen (adolescente), pelo amor de Deus, não repita o que fizemos, eu e  meus colegas, pois era outra época, outra situação, embora o ato continua deplorável nos dias atuais do mesmo jeito. A experiência foi a seguinte:

Tínhamos que cruzar um matagal para chegarmos em nosso objetivo de cruzar a cerca de entrada. Tudo isto ilicitamente. E o que aconteceu?
Começamos a rodopiar naquela mata e nada de chegar na tal cerca. E íamos para um lado e depois íamos para outro e nada. Se castigo eu não sei. Deus sabe. Quando fomos ver, estávamos umas quatro horas ali. Parecia o povo de Israel andando no deserto. Assim éramos nós. A ponto de bater um medo em todos que estava nesta empreitada.
Todos resolvemos ficar de joelhos e a orar, pedindo a Deus para nos ajudar a encontrar a saída. Tal oração pode muito em seu efeito, conseguimos encontrar a saída e nada de evento.
Depois desta...para que correr outro risco de tentar furar o evento sem pagar. O jeito foi ir para casa mesmo e bem murcho.
Coisas de moleque. UFA! Que susto!!
Mas hoje relembrando esta história, penso, que com certeza, Deus estava nos livrando de coisa bem pior.

Já que estou comentando sobre livramento, vou ser mais objetivo para contar o que houve em Porto Alegre, quando eu morava lá, perto Rio Guaíba. Mas antes de contar o acontecimento, só um comentário a fazer: Lindo é o Rio Guaíba antes do pôr-do-sol. Principalmente do  ângulo que via do décimo andar. Este gancho sobre andar é que quero pegar para comentar o livramento. Neste dia estava, eu, meu amigo Abrajó Servo, Luna, Azael, Isaias e Loami e íamos para o centro. Fizemos como de costume, o que corriqueiramente fazíamos todos os dias para sair ao trabalho, fazer comprar , sei lá, qualquer coisa. Saímos do apartamento, fomos até o elevador para fazermos o trajeto normal. Entramos no elevador e apertamos o T para ir ao térreo, até tudo normal. Risos, conversar e alegria. Mas,  quando chegamos no sexto andar,  o elevador parou por causa de uma outra solicitação de algum morador e ai é que a coisa ficou estranha. No instante que entrou outras pessoas e a porta fechou, o elevador despencou com todos e no térreo desceu além do normal, parou num estrondo e houve um grande impacto. Ficou na metade do chão para o subsolo. Pensamos todos que foi um grande livramento. Embora o ocorrido, continuamos em nosso caminho, e aqueles moradores no trajeto deles e não se comentou mais o assunto. No entanto, foi um grande susto.
Acidentes acontecem! Porém, a prevenção, a vistoria no equipamento são fundamentais para evita-los. 


Jorge Kaalebe

JardimdoPantana-JKG

“Um sábio não diz que é sábio, mas um sábio sabe agradecer.” Sou isto, um pessoa que vive agradecida pela vida, pela família, pelo que aprende. Sou uma pessoa que pouco reclama. Na verdade, nunca reclamo. A reclamação, entendo como murmuração diante de Deus. Imagino que Deus fica triste na reclamação. Por isso, vivo em agradecimento pelo que sou e por tudo o que tenho.

2 Comentários

  1. Nussssssssss....quiii delicia suas historias...rsrsrs....isso me fez voltar tbm ao passado e relembrar algumas de minhas traquinagens...KKKkkkkkk

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